Pablo Marçal responde Sobre a Politica em SP

Vejo São Paulo apoiando um projeto de Brasil que não avança, um projeto reacionário que se opõe ao que é positivo. Ligando isso ao que Pablo disse, notei uma crítica implícita à perpetuação do sistema no poder, um sistema essencialmente corrupto que continua no comando. Isso é bastante contraditório.




Observei estatísticas mostrando que 61% dos prefeitos no Brasil foram reeleitos na última eleição. Pablo, 53% dos vereadores e 39% dos deputados federais eram novos, o que significa que a maioria foi reeleita. No caso dos governadores, a situação é ainda mais preocupante: de 20 que tentaram a reeleição, 18 conseguiram. 

Claramente, não temos 18 gestores estaduais brilhantes; o sistema está viciado. O financiamento eleitoral exemplifica isso, onde candidatos à reeleição têm acesso a sete vezes mais recursos públicos que novos candidatos.Gostaria de saber, Pablo, se você critica o instituto da reeleição e como pretende implementar suas propostas em um ou dois mandatos. 

Você assumiria o compromisso de não abandonar a prefeitura para tentar o governo estadual ou a presidência? Precisamos de um projeto institucional, não eleitoreiro. Nosso plano, o SP50, visa projetar São Paulo para 2050, mas com ações concretas nesta década. Defendo mandatos mais longos, sem reeleição, com medição de resultados, onde gestores ineficazes sejam removidos. Acreditamos que mandatos de cinco anos, com avaliações periódicas, seriam mais eficazes. 

O atual sistema permite que políticos abusivos permaneçam no poder sem contrapartidas. Por exemplo, o presidente anterior implementou o teto de gastos, que foi rapidamente removido pelo atual governo. Criaram o "Ministério do Imposto", um símbolo do mau uso do dinheiro público. A transição do setor privado para o público requer paciência, e me programei para isso nos próximos 1460 dias.Se me perguntarem se quero ser prefeito novamente, diria que prefiro criar um projeto e colocar pessoas competentes na política. 

Durante nossas conversas, questionei se você, Pablo, faz parte de algum partido. A política precisa de visionários e estadistas, não de oportunistas. Eu sou contra a reeleição e me comprometo a concluir meu mandato. Considero um fracasso iniciar algo sem terminá-lo.O paulistano que votar em mim não correrá o risco de se decepcionar com uma candidatura que promete mudanças, mas se perde no caminho, como vimos em 2016. Aquele prefeito abandonou a cidade para buscar cargos maiores, perdendo o apoio popular. Precisamos aprender com esses erros e não repeti-los. 

Na política, paciência é essencial. Lembro-me da minha candidatura presidencial cancelada, mas persisti e fui eleito deputado. Agora, estou preparado para servir e concluir o que comecei.Propostas que mudem o rumo devem ser implementadas agora, com seriedade e preparação para o futuro. Mandatos mais longos evitariam a movimentação eleitoral constante e os altos custos associados. 

Eu me comprometo a não usar dinheiro público na campanha, pois acredito que esses recursos devem ser destinados a necessidades essenciais, como saúde. Vou pedir apoio diretamente ao povo, sem recorrer ao fundo eleitoral.Quero participar de uma mudança genuína, onde o dinheiro público não seja usado para financiar campanhas, mas para atender as necessidades da população.

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