Guarulhos: Vítima do “rolezinho” processará a Prefeitura


Uma das vítimas que se feriu no “rolezinho” de domingo à noite (19) no Bosque Maia disse que processará a Prefeitura pelo incidente.

Leandro Santos Sousa, de 20 anos, sofreu queimaduras na perna por  uma bomba de efeito moral lançada pela GCM para dispersar uma briga entre dois grupos.

A confusão terminou com tiros de balas de borracha e a explosão de uma bomba. Leandro nãoi estava no “rolezinho”.

Ele passeava no Bosque com a mãe, a irmã,m a namorada e o cunhado, quando viu-se no meio do conflito.

Ele afirmou que estava indo embora quando se deparou com a briga.

Ao perceber a movimentação, tentou fugir e foi surpreendido com a explosão.

Leandro sofreu queimaduras e ferimentos na perna esquerda. Os guardas disseram que ele deveria ligar para a emergência e procurar o Corpo de Bombeiros. “Nem se importaram com minha perna, que ficou toda queimada”. Resolveu ir ao Hospital Maria Dirce por conta própria.

Leandro é segurança numa transportadora de carga aérea no Itapegica. Mora no Jardim Angélica.

Ele diz que para trabalhar precisa usar botas. Portanto, terá de se afastar do serviço por não conseguir usar o calçado.

Leandro afirmou que seus familiares também se feriram na confusão.

Ele ainda vai fazer exame de corpo de delito.

Leandro foi um dos dois feridos com gravidade no incidente. A outra ferida é a garota Tamara de Souza, também de 20 anos, que sofreu cortes e queimaduras ainda mais graves.

Tamara fará corpo de delito

A jovem Tamara de Sousa, de 20 anos, fará um exame de corpo de delito nesta quinta (23), no 1° DP de Guarulhos.

Tamara sofreu cortes fundos e queimaduras nas duas pernas, por causa da bomba de efeito moral da GCM que explodiu perto dela, no domingo.

Tamara disse que está incomodada com as “fortes dores” das queimaduras.

As duas pernas da jovem tiveram de ser enfaixadas.

Ela mora com os pais numa casa térrea na Rua Genóqua, em Cumbica.

‘A GCM mostrou despreparo’

Os vereadores da oposição Geraldo Celestino e Romildo Santos, ambos do PSDB, consideraram um a GCM “despreparada” para lidar com o “rolezinho” em Guarulhos.

Eles  criticaram a forma como a guarda agiu no dia 19, ao atirar uma bomba de efeito moral para conter um tumulto no Bosque, ferindo duas pessoas.

“Os guardas têm de aprender a lidar com os jovens, eles não estão tratando com marginais”, disse Celestino. Romildo acrescentou que “um efetivo maior” teria evitado o tumulto, sem bombas.

O vereador Marcelo Seminaldo (PT) disse que todas as partes devem ser escutadas, mas que “a sociedade não aceita mais esse tipo de conduta”.

Ao tomar conhecimento do caso, o presidente da Ordem dos Advogados de Guarulhos, Fábio Sousa, disse que há a necessidade de apuração e que está disposto a “disponibilizar um expediente para acompanhar o desfecho”.

O delegado Fulvio Mecca, do 1º DP, diz esperar a representação das vítimas para tomar as medidas cabíveis,  como requisitar filmagens das câmeras do local.

Um dos organizadores do “rolezinho”, Thiago Aparecido Mansão Thug, diz que o tumulto não teria acontecido, se não fosse a intervenção da GCM com balas de borracha.

Novo “rolezinho” está programado para o Bosque no domingo (26), às 14h30. Mais de 1,5 mil participantes confirmaram.

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