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Confrontos no Cairo matam 3 e ferem mais de 1.500

Os confrontos entre milhares de manifestantes pró e contra o presidente do Egito, Hosni Mubarak, continuaram na madrugada desta quinta-feira (3) na Praça Tahrir, no centro do Cairo, após o dia mais violento desde o início dos protestos.

No início da noite, o novo vice-presidente Omar Suleiman reiterou o pedido do Exército para que a população obedecesse ao toque de recolher e voltasse para a casa.

Mas durante a madrugada tiros foram ouvidos no centro do Cairo. Os manifestantes também colocaram fogo em diversos pontos da praça, usando bombas incendiárias

O protesto tomou mais violência na quarta-feira (2), quando centenas de partidários de Mubarak chegaram ao local da manifestação, que era dominado pelos opositores. O Exército não reagiu aos violentos choques, e atirou para o ar na tentativa de dispersar a multidão.



Mortos e feridos em confronto Subiu para três o número de pessoas mortas e 639 o de feridas nos confrontos entre apoiadores e opositores do regime egípcio na praça Tahrir, informou o ministro da Saúde. "A maioria dos feridos foi atingida por pedras", disse Ahmed Hosni Farid à emissora de televisão Nilo. "Ninguém foi ferido por tiros", acrescentou.

Um dos mortos é um militar que caiu de uma ponte, segundo Abderaman Shahine, porta-voz do ministério. O ministro não especificou quem são os outros mortos.

Uma médica de uma clínica de emergência no Cairo disse à agência de notícias Reuters que o número de feridos nos confrontos pode chegar a 1.500.

Os embates intensificavam-se ao cair da noite. Gás lacrimogêneo era lançado contra os manifestantes, e dois coquetéis molotov teriam atingido o Museu do Cairo, que fica na praça, mas sem provocar dano.

Fonte: Jovempan-online