No início da noite, o novo vice-presidente Omar Suleiman reiterou o pedido do Exército para que a população obedecesse ao toque de recolher e voltasse para a casa.
Mas durante a madrugada tiros foram ouvidos no centro do Cairo. Os manifestantes também colocaram fogo em diversos pontos da praça, usando bombas incendiárias
O protesto tomou mais violência na quarta-feira (2), quando centenas de partidários de Mubarak chegaram ao local da manifestação, que era dominado pelos opositores. O Exército não reagiu aos violentos choques, e atirou para o ar na tentativa de dispersar a multidão.
Mortos e feridos em confronto Subiu para três o número de pessoas mortas e 639 o de feridas nos confrontos entre apoiadores e opositores do regime egípcio na praça Tahrir, informou o ministro da Saúde. "A maioria dos feridos foi atingida por pedras", disse Ahmed Hosni Farid à emissora de televisão Nilo. "Ninguém foi ferido por tiros", acrescentou.
Um dos mortos é um militar que caiu de uma ponte, segundo Abderaman Shahine, porta-voz do ministério. O ministro não especificou quem são os outros mortos.
Uma médica de uma clínica de emergência no Cairo disse à agência de notícias Reuters que o número de feridos nos confrontos pode chegar a 1.500.
Os embates intensificavam-se ao cair da noite. Gás lacrimogêneo era lançado contra os manifestantes, e dois coquetéis molotov teriam atingido o Museu do Cairo, que fica na praça, mas sem provocar dano.
Fonte: Jovempan-online