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Aumento no desmatamento na amazônia

Informações divulgadas hoje pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam que a região amazônica registrou aumento no desmatamento em novembro e em dezembro do ano passado.

Apesar de detectar o aumento, os dados do DETER – sistema de alerta prévio de desmatamento do INPE – não são precisos o suficiente para se tirar grandes conclusões. Para o cientista político Sérgio Abranches, a situação é preocupante. “Estes são meses com muita nuvem, o que impede os satélites de terem visão de toda a área”, disse em entrevista à Rádio CBN.

Abranches afirma que o DETER é um sistema de alerta rápido que cobre áreas relativamente grandes e que não permite visualizar desmatamento em módulos pequenos, onde está acontecendo a maior parte da derrubada de árvores. “O padrão de desmatamento mudou, da abertura de grandes áreas, para a abertura progressiva em pequenos lotes.”

A avaliação de Abranches é que esteja em curso uma mudança dos padrões de desmatamento e da falta de engajamento de importantes setores na preservação da Amazônia. “Em conversas com ambientalistas que acompanham a região, eles já haviam manifestado preocupação com o relaxamento em vários setores”. Abranches cita o pacto da carne, que não está sendo cumprido por boa parte dos frigoríficos; a proibição do Conselho Monetário Nacional de financiamento a propriedades que não comprovem situação de regularidade ambiental não tem sido obedecida.

Na entrevista o cientista político cita também a construção de rodovias e hidrelétricas – como Belo Monte, que já levou para a região no mínimo 8 mil pessoas –, como os principais fatores de pressão por desmatamento nos próximos anos. “O que estamos precisando é de uma discussão séria sobre um novo padrão energético e um novo modelo de desenvolvimento baseado na inovação e na sustentabilidade.”

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