Traficantes em fuga invadiram, na manhã deste sábado, o hotel InterContinental, em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro. A ação dos criminosos e a troca de tiros com polícia provocaram pânico na região, resultando em uma morte e quatro policiais feridos. Dez pessoas foram presas, entre elas um traficante conhecido como "Perninha", que seria o segundo na hierarquia do tráfico na Favela da Rocinha.
A polícia fez uma varredura no hotel em busca dos bandidos que invadiram o local por volta das 8h30 e poderiam estar escondidos entre os hóspedes. Os policiais verificaram todos os mais de 400 quartos, pedindo a identificação dos hóspedes. Mas não encontraram nenhum suspeito.
A polícia fez uma varredura no hotel em busca dos bandidos que invadiram o local por volta das 8h30 e poderiam estar escondidos entre os hóspedes. Os policiais verificaram todos os mais de 400 quartos, pedindo a identificação dos hóspedes. Mas não encontraram nenhum suspeito.
Segundo informações da Polícia Militar, um grupo de traficantes em fuga se refugiou no local depois de trocar tiros com a polícia. No hotel, eles chegaram a fazer ao menos 30 funcionários e cinco hóspedes reféns. Eles se renderam à polícia e os reféns foram liberados. Foram apreendidos 8 fuzis, cinco pistolas e algumas granadas.
O confronto começou por volta das 8 horas. Segundo a polícia, um "bonde" de traficantes da Rocinha, que fica no bairro, estava voltando para a favela depois de ter passado a noite no Vidigal, morro próximo, dominado pela mesma facção criminosa. Na Avenida Niemeyer, que liga Leblon a São Conrado, o grupo encontrou com policiais do 23º BPM (Leblon). Começou então o tiroteio, que durou em torno de 10 minutos. Na fuga, 10 bandidos armados com fuzis invadiram o Hotel Intercontinental, em frente à praia, e fizeram 35 reféns na cozinha.
Foram quase duas horas de negociação com policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). A mãe de um dos bandidos, morador da Rocinha, chegou a ser chamada para convencer o filho a se entregar. "Eu pedi, mas ele não quis me ouvir", disse Dinalva, chorando muito na porta do hotel. Mesmo assim, minutos depois, o grupo libertou os reféns e se entregou à policia.
Além do Bope, policiais de outros dois batalhões cercaram a área. Até o "caveirão", o carro blindado da polícia, foi chamado para ajudar na operação.
Uma mulher, identificada como Adriana Medeiros, foi morta durante a troca de tiros. A polícia diz que ela era a gerente financeira do tráfico na Rocinha. Quatro policiais ficaram feridos na ação, um deles em estado grave.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, "de dois a três anos teremos um Rio de Janeiro melhor, mas não há mágica. Esta é a resposta que estamos dando ao narcotráfico. Não vamos mudar nosso planejamento das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) e pacificação das favelas por causa dessa crise".
Funcionários e hóspedes mantidos reféns dentro da cozinha foram liberados. Muitos hóspedes e funcionários deixaram o hotel, correndo em pânico e se dirigindo para a praia de São Conrado. Segundo o gerente do hotel, Michel Chertouh, a polícia orientou que os elevadores ficassem travados para evitar encontros de hóspedes com traficantes.
"Estávamos tomando café da manhã quando percebemos uma correria. Alguns hóspedes correram juntamente com funcionários para a cozinha. Eu e meu cliente corremos para o quarto. Logo depois escutamos alguém batendo e pedindo para abrir. Mas fingi que não escutei. Depois vimos que bandidos tentavam fugir da cozinha jogando lençóis para o andar superior. Graças a deus deu tudo certo", conta a guia de turismo Vladia Galhardo, que saiu do hotel.
O Hotel InterContinental começou a ser construído no ínicio dos anos 70 no bairro de São Conrado, quando a praia da zonal sul ainda era deserta. Localizado ao lado do Hotel Nacional, o estabelecimento tem atualmente 418 quartos em 17 andares. Os jardins foram projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx. Nas proximidades do hotel estão a Pedra da Gávea e a favela da Rocinha.
O confronto começou por volta das 8 horas. Segundo a polícia, um "bonde" de traficantes da Rocinha, que fica no bairro, estava voltando para a favela depois de ter passado a noite no Vidigal, morro próximo, dominado pela mesma facção criminosa. Na Avenida Niemeyer, que liga Leblon a São Conrado, o grupo encontrou com policiais do 23º BPM (Leblon). Começou então o tiroteio, que durou em torno de 10 minutos. Na fuga, 10 bandidos armados com fuzis invadiram o Hotel Intercontinental, em frente à praia, e fizeram 35 reféns na cozinha.
Foram quase duas horas de negociação com policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). A mãe de um dos bandidos, morador da Rocinha, chegou a ser chamada para convencer o filho a se entregar. "Eu pedi, mas ele não quis me ouvir", disse Dinalva, chorando muito na porta do hotel. Mesmo assim, minutos depois, o grupo libertou os reféns e se entregou à policia.
Além do Bope, policiais de outros dois batalhões cercaram a área. Até o "caveirão", o carro blindado da polícia, foi chamado para ajudar na operação.
Uma mulher, identificada como Adriana Medeiros, foi morta durante a troca de tiros. A polícia diz que ela era a gerente financeira do tráfico na Rocinha. Quatro policiais ficaram feridos na ação, um deles em estado grave.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, "de dois a três anos teremos um Rio de Janeiro melhor, mas não há mágica. Esta é a resposta que estamos dando ao narcotráfico. Não vamos mudar nosso planejamento das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) e pacificação das favelas por causa dessa crise".
Funcionários e hóspedes mantidos reféns dentro da cozinha foram liberados. Muitos hóspedes e funcionários deixaram o hotel, correndo em pânico e se dirigindo para a praia de São Conrado. Segundo o gerente do hotel, Michel Chertouh, a polícia orientou que os elevadores ficassem travados para evitar encontros de hóspedes com traficantes.
"Estávamos tomando café da manhã quando percebemos uma correria. Alguns hóspedes correram juntamente com funcionários para a cozinha. Eu e meu cliente corremos para o quarto. Logo depois escutamos alguém batendo e pedindo para abrir. Mas fingi que não escutei. Depois vimos que bandidos tentavam fugir da cozinha jogando lençóis para o andar superior. Graças a deus deu tudo certo", conta a guia de turismo Vladia Galhardo, que saiu do hotel.
O Hotel InterContinental começou a ser construído no ínicio dos anos 70 no bairro de São Conrado, quando a praia da zonal sul ainda era deserta. Localizado ao lado do Hotel Nacional, o estabelecimento tem atualmente 418 quartos em 17 andares. Os jardins foram projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx. Nas proximidades do hotel estão a Pedra da Gávea e a favela da Rocinha.
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Fonte: UltimoSegundo