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PROGRAMA DE QUALIDADE DE VIDA POLICIAL

Trabalhar em Segurança Pública e Defesa Social por si só já é um risco à saúde do indivíduo, visto que essas profissões são consideradas “perigosas”.

O policial trabalha com as limitações humana, trabalha no pico do estresse, tem que cuidar e proteger, mas não tem quem cuide e o proteja, sofrem as mesmas necessidades, os mesmos anseios e refletem os mesmos princípios e valores culturais da comunidade onde vivem.

O policial trabalha entre a crueldade e a bondade, o ódio e o amor, a vingança e o perdão, a punição e a impunidade, a injustiça e o direito, a dor e a alegria, a prisão e a liberdade, a discriminação e igualdade. Vive em eterna contradição ou dialética porque um estado sempre é contrário, mas depende da existência do outro.

Os policiais têm a influência perniciosa de substâncias químicas liberadas na corrente sanguínea devido a intensidade e responsabilidade de seu trabalho, estas substâncias reduzem a imunidade biológica, tornando o policial um alvo fácil de doenças de todos os tipos que põe em risco a sua saúde física e emocional. Por isso, facilmente muitos ficam irritados, mas sabem que não podem se descontrolar tem que manter uma conduta equilibrada.

Sendo assim o policial trabalha no limite do esforço humano. Diante do perigo, não pode ter medo, tem que lutar, não pode fugir, do contrário, prevarica e será punido. Com este ritmo gera a fadiga do trabalhador que pode ser definida como um estado de diminuição reversível da capacidade funcional de um órgão, de um sistema ou do organismo como um todo, provocado por sobrecarga no trabalho. Essa sobrecarga pode ser de ordem física, cognitiva, ou organizacional. Ao comparar o nosso corpo como uma máquina, podemos observar que ela possui determinada capacidade de recuperação, que, se ultrapassada, seja em freqüência e/ou em intensidade, dá sinais de sobrecarga (compensação) diminuindo inicialmente seu ritmo de funcionamento.

Quando os sinais não são percebidos ou são mascarados pelas condições de trabalho (ritmo e tempo), tendem a evoluir para lesões e disfunções como a LER/DORT, lombalgias ocupacionais, torções, problema de coluna (postural), gastrite, pressão alta, diabetes emocional, perda da memória, perda da concentração, problema de coração, circulação sanguínea, ansiedade, obesidade, depressão, dentro outras. Os policiais levam uma vida profissional muito agitada, sofrem grandes pressões, estando sempre no seu limite, gerando então problemas profissionais, pessoais, sociais e principalmente de saúde que desencadeia os demais.

Para que a vida destes homens seja mais tranqüila, leve e equilibrada tanto no aspecto físico e psíquico, por estes motivos a ACADEPOL implantou o PROGRAMA DE QUALIDADE DE VIDA PESSOAL, que atua diretamente com os funcionários através da Ginástica Laboral.
A Ginástica Laboral é uma atividade física orientada, praticada durante o horário do expediente no ambiente de trabalho, visando benefícios para o trabalhador e para o órgão em que ele trabalha. Tem como objetivo minimizar os impactos negativos oriundos do sedentarismo, da sobrecarga e da tensão na vida e na saúde do policial.

Os impactos negativos do trabalho podem ocorrer em diversas esferas, tais como problemas físicos, psicológicos ou sociais. Sendo assim a prática de exercícios físicos no âmbito do local de trabalho por seus funcionários é uma questão em princípio relacionada à proporção de saúde, está entendido não apenas como ausência da doença, mas como estado completo de bem estar físico (melhora da saúde do físico), mental (estresse, poder de concentração) e social (espírito de equipe, confiança).

A Ginástica Laboral é constituída de atividades físicas que são elaboradas e adequadas especificamente as exigências físicas laborais sobre as várias estruturas corporais (esqueleto, ligamentos, articulações, músculo e sistemas em geral) dos trabalhadores, atuando de forma preventiva, sócio-educativa e lúdica através de exercícios que vão compensar as estruturas utilizadas durante a função e ativar outras que não estejam sendo solicitadas.

Consiste de um conjunto de exercícios adequados a cada tipo de atividade profissional, que são realizados no próprio local de trabalho. A maioria dos exercícios são de alongamento, porém são também realizados exercícios de equilíbrio, força, coordenação, respiração e consciência corporal.
Sendo assim nada mais é do que a combinação de algumas atividades físicas que tem como característica comum, melhorar, sob o aspecto fisiológico, a condição física do indivíduo em seu trabalho.

O PROGRAMA DE QUALIDADE DE VIDA POLICIAL tem como um de seus deveres orientar sempre sobre a postura corporal, sobre as mobílias no local de trabalho, podendo orientar sobre qual seria o mais adequado, ajuste de cadeiras e mesas, trabalhando também com a melhoria do ambiente para uma melhor saúde do trabalhador, buscando orientar sobre a ergonomia e postura corporal adequada.

O PROGRAMA DE QUALIDADE DE VIDA POLICIAL tem como objetivos trabalhar com a Valorização Humana, promovendo adaptações fisiológicas, físicas e psíquicas, por meio de exercícios dirigidos e adequados para o ambiente de trabalho aos policiais civis, melhorando assim sua qualidade de vida nos aspectos relacionados à saúde física, mental, social e incentivando as relações interpessoais entre os funcionários. Promover aos Policiais Civis a sensibilização e orientação sobre a importância da prática de atividades físicas para a melhoria da saúde e qualidade de vida.

Trabalhar a prevenção de lesões e disfunções como o DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho), a LER (Lesão por esforço repetitivo), lombalgias ocupacionais, torções, problema de coluna, gastrite nervosa, diabetes emocional, perda da memória, perda da concentração, circulação sanguínea, ansiedade, depressão obesidade (que neste caso está relacionada à ansiedade e a depressão) reeducação postural corporal, aumentar o condicionamento físico geral dos trabalhadores.

Reduzir o número de acidentes no trabalho decorrentes ao estresse, fadiga e doenças relacionadas ao trabalho do policial civil. Sendo assim é possível reduzir o número de funcionários afastados com licença médica por motivos de doenças ou acidentes no trabalho, mantendo assim o policial em sua atividade.

GCM MORAES

Fonte: Débora Ap. Toledo Viana – Prof.ª de Educação Física da ACADEPOL